quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ponha a pata na pocilga


...É aquilo que a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite insiste em fazer, por cada vez que abre a boca.

«Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia...» (...) «Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se» (...) «E até não sei se a certa altura não seria bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia.»
(...)
«Agora em democracia efectivamente não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar - porque nessa altura estão eles todos contra. Não é possível fazer uma reforma da justiça sem os juízes, fazer uma reforma da saúde sem os médicos.»
Foram estas as mais recentes infelizes - como de costume - declarações proferidas pela líder parlamentar do PSD.

Antes disto...
Round 1: Estou a recordar-me de quando pôs os pés pelas mãos com as declarações homofóbicas aquando da discussão da, posteriormente chumbada, proposta de lei que equiparava as pessoas do mesmo sexo.
Ferreira Leite perdeu o round.

Round 2: Estou a recordar-me do "jogo do gato e do rato" que fez nas últimas semanas relativamente ao Orçamento de Estado para 2009 em que fez a sua opinião oscilou intermitentemente entre o "é mau", "vamos ver para o ano o resultado do OE", "não sei se é mau, não percebo nada disso, só sei que vocês são os maus" apenas por teimosia e para ser do contra.
A Manela... novamente derrotada.

Round 3: «Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite.» As entidades reguladoras do órgãos de comunicação social não servem nada, portanto. Significa isso que, já que a democracia podia ser suspensa, talvez a censura fosse novamente benvinda.
Ferreira Leite... moribunda no chão do ringue.

Round 4: Também foi há dias que a líder do PSD afirmou que se tivesse ideias (fossem elas reformas ou propostas de lei ou de resolução de problemas), não as tornava públicas para que o PS não lhas roubasse. Isso é que é política, hein Manela?!
Oh Manela, diga-nos lá... não acha que isto cria um enorme contrasenso com o facto de andar constantemente a choramingar pelo facto de o PS (que tem a maioria absoluta) não ouvi-la a si e à restante oposição? Então quer ser ouvida e quando tem ideias, prefer guardá-las para que não lhas roubem?
Desista: GAME OVER!

Curiosa (ou nem por isso) é a reacção de dois fantoches (ainda... infelizmente) activos do partido do qual esta senhora é lider. Miguel Sousa Tavares e Marcelo Rebelo de Sousa, pois concerteza!!!
O primeiro ainda teve o discernimento de afirmar que «fala mal e nos momentos errados»... deve ser para compensar os disparates que disse e a atitude que teve no último debate da RTP no qual participou.
Já o segundo prefere pôr paninhos quentes na Dona Manuela - assim sendo, bem que podia aproveitar a deixa, formavam ambos um par e iam-se embora de vez.

Ironia ou não, a verdade é que esta velha chata insiste em proferir atrocidades, umas atrás das outras, dando a sensação de que, primeiro fala e depois é que pensa no que diz (será que pensa?).
Manuela, vou ensinar-lhe uma coisa: a ironia é uma das componentes da oratória - por sinal, um dos elementos fundamentais para qualquer pessoa que queira fazer parte da vida política. Sabia que qualquer actor político deve saber dominar esta arte?

...Oops, já me esquecia: a Manela, como muito bem diz, não está aqui para ser actriz (nem política, pelos vistos).

Minha senhora, tenha dó de si mesma, pare de se humilhar publicamente e vá-se embora enquanto é tempo. Não tem carisma para estar à frente de um partido em Portugal. Não só não está a fazer nada (faz é mal...) à frente de um partido que mais fraccionado já não podia aparentar estar, bem como não tem carácter para chefiar um Governo, ainda que hipoteticamente (e espero que esta hipótese esteja bem remota).

GAME OVER, MANUELA.

2 comentários:

Anónimo disse...

A mulher anda pelas ruas da amargura... considero também que entra n´so se criou um movimento 'anti-manuela', exagerando por vezes nas declarações que ela profere, recorendo a ironia! O que é bem verdade, é que como escreves, o PSD está mais separado que nunca, e ela não é, nem nunca foi uma boa representante para tal partido polítio, nem uma boa política quanto mais! O lugar dela é na economia...de onde não deveria ter saído. :s

Ps. (Viste a avaliação do 'Financial Times' referente aos vários ministros da economia? foi memorável! :D )

jd

Zunkruft disse...

Ainda bem que se criou este movimento "anti Manuela". Pode ser que ajude a senhora a convencer-se de que o lugar dela não é ali.

E algumas das declarações desta mulher são assustadoras quando pensamos que esta é a forma de pensar dela. A mim, assustaram-me as declarações anti-democráticas (estou a contar com a da comunicação social) e homofóbicas dela.